O Presidente do partido Podemos, Albino Forquilha, manifestou na terça-feira a sua indignação em relação a um processo civil movido pela Procuradoria-Geral da República, que envolve tanto a sua pessoa como o candidato presidencial do partido, Venâncio Mondlane.
Forquilha considera que as acções da Procuradoria visam intimidar o partido e desviar a atenção de questões políticas prementes.
Em declarações ao jornal “O País”, Forquilha afirmou que a situação em questão é uma tentativa de “empurrar um processo político para o âmbito legal”, insinuando que as autoridades estão a tentar evitar a verdadeira natureza do problema. Segundo o líder do Podemos, “este processo é, na sua essência, uma forma de intimidação para escapar ao problema real”.
A polémica surgiu a partir de acusações dirigidas a Venâncio Mondlane, que é acusado de estar a recrutar membros das Forças de Defesa e Segurança com o intuito de promover um golpe de Estado. Forquilha, por sua vez, defendeu que a verdadeira fraude ocorre quando instituições estatais tentam manipular a justiça em favor de um determinado grupo, caracterizando isso como um “primeiro golpe de Estado”.
“Já tivemos sucessivos golpes de Estado que nunca foram resolvidos, perpetrados pelas instituições do Estado. Este é o primeiro golpe”, afirmou o líder político, realçando os impactos negativos que tais acções podem ter sobre a sociedade, especialmente em termos de preconceito e desconfiança pública.
Albino Forquilha concluiu enfatizando que a resolução deste conflito deve ser alcançada através de acções políticas construtivas, e não através de procedimentos legais, reiterando a importância do diálogo e da transparência na política moçambicana.