O aeroporto internacional Toussaint Louverture, em Port-Au-Prince, foi encerrado na passada segunda-feira, após um incidente alarmante em que grupos armados dispararam contra um voo comercial que se preparava para aterrar na capital haitiana.
O ataque levou várias companhias aéreas a suspender as suas operações para o país, gerando uma onda de preocupação entre os viajantes e as autoridades.
De acordo com informações divulgadas pelo jornal britânico The Guardian, um voo da Spirit Airlines, proveniente de Fort Lauderdale, na Florida, estava a poucos metros de completar a aterragem quando foi alvo de disparos, resultando em ferimentos ligeiros numa hospedeira. A companhia aérea, em conjunto com a embaixada dos EUA, confirmou que o voo foi rapidamente desviado para a República Dominicana, onde aterrou sem registar feridos entre os demais passageiros.
Em resposta ao tiroteio, o aeroporto interditou todos os voos comerciais e emitiu um alerta de segurança. A embaixada dos Estados Unidos manifestou estar ciente da situação crítica, referindo que grupos armados têm tentado bloquear o trânsito para e de Port-Au-Prince, o que pode incluir violência e interrupções nas estradas, portos e aeroportos.
A Spirit Airlines informou que o avião afectado foi retirado de serviço, e que um novo avião será utilizado para transportar os passageiros e a tripulação de volta a Fort Lauderdale. Outras companhias aéreas, como a JetBlue Airways e a American Airlines, também anunciaram a suspensão dos seus voos para o Haiti.
A JetBlue, por sua vez, decidiu estender a interrupção das suas operações até 2 de Dezembro, após descobrir danos causados por uma bala num avião que regressava de Port-Au-Prince. Um dos voos da companhia para Nova Iorque aterraram sem incidentes, mas uma inspecção pós-voo revelou posteriormente que o exterior da aeronave havia sido atingido.
Este incidente ocorre num momento delicado para o Haiti, que recentemente viu a tomada de posse de um novo primeiro-ministro interino, que prometeu esforços para restaurar a paz no país.
Contudo, a situação nas ruas de Port-Au-Prince continua tensa, com relatos de tiroteios entre gangues e as autoridades policiais. A agitação fez com que muitas escolas encerrassem as suas portas, enquanto os civis buscavam abrigo em meio ao pânico generalizado.