O presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) e candidato presidencial, Lutero Simango, revelou que o seu partido está a realizar uma contagem paralela dos votos das eleições deste ano, com a possibilidade de impugnar os resultados.
Em entrevista à Voz da América, realizada na segunda-feira, 14 de Outubro, Simango expressou preocupações sobre a integridade do processo eleitoral.
Segundo Simango, os resultados parciais divulgados pelos órgãos eleitorais são “inconsistentes”, citando irregularidades e manipulação dos números como causas principais para a sua insatisfação.
O candidato do MDM não hesitou em afirmar que a democracia em Moçambique está comprometida, alegando que “quando tens um processo com ausência de mecanismos de transparência e justeza, tudo isto marca o processo”.
As críticas à condução do processo eleitoral não se limitam apenas ao MDM; numerosos analistas e organizações da sociedade civil têm denunciado a demora na divulgação dos resultados finais, levantando preocupações sobre a legitimidade do processo. O Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD) emitiu um comunicado alertando que “a demora e falta de transparência na divulgação dos resultados pode dar lugar à manipulação”.
Com a contagem paralela e a possibilidade de impugnação em mente, Simango reafirma o compromisso do MDM em garantir que a vontade do povo seja respeitada e que o processo eleitoral em Moçambique siga os princípios fundamentais da democracia.
A situação continua a ser monitorada de perto pela comunidade nacional e internacional, que aguarda desenvolvimentos adicionais nesta contenda eleitoral.