Cinco funcionários do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) de Moçambique foram detidos por suspeita de envolvimento no desvio de 1,3 milhões de meticais, que seriam utilizados para o pagamento de subsídios a 300 membros das mesas de voto nas recentes eleições gerais.
Entre os detidos está Evaristo Vilela, director do STAE do distrito de Nampula. A detenção ocorreu no sábado (12), conforme informou Luís Cavalo, director do STAE da província de Nampula.
Segundo as autoridades, os funcionários são acusados de ter desviado os fundos destinados ao pagamento dos subsídios dos membros das mesas de voto que participaram nas eleições realizadas no dia 9 de Outubro de 2024.
O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) conduziu as detenções, tendo recuperado até ao momento 400 mil meticais. Luís Cavalo acrescentou que, para cobrir o montante em falta, foi necessário recorrer a parceiros.
As eleições gerais moçambicanas de 2024 foram marcadas por várias irregularidades, conforme relatado por missões de observação internacionais.
A Missão de Observação da União Europeia, o Instituto Republicano Internacional (IRI), financiado pelos Estados Unidos, e os observadores da Commonwealth apontaram diversas falhas no processo eleitoral.
A detenção dos cinco funcionários surge como parte de um esforço para combater a corrupção e garantir a integridade do processo eleitoral em Moçambique, num momento em que o país tenta fortalecer a sua democracia.