A Revolução Democrática (RD) enfrenta acusações sérias contra a Comissão Nacional de Eleições (CNE), conforme alega Vitano Singano, presidente do partido.
Segundo ele, o país está longe de realizar eleições transparentes enquanto a CNE continuar a servir interesses partidários.
O RD falhou em submeter sua candidatura dentro do prazo estipulado, 10 de Junho, à CNE. Em resposta, enviaram uma solicitação ao Conselho Constitucional explicando que a falha não foi deles, mas da CNE. Após análise, o Conselho Constitucional emitiu um acórdão permitindo a submissão dos documentos em outra data.
Assim, na quarta-feira, o partido conseguiu inscrever-se, mas não sem acusar a CNE de tentar sabotar sua participação na corrida eleitoral. Singano detalhou incidentes no dia 10, onde a equipe do RD chegou à CNE às 10 horas e encontrou outros partidos já na fila de atendimento. Após esperarem, foram informados de que deveriam voltar no dia seguinte, com a promessa de protocolar os documentos com data do dia anterior, o que aceitaram por considerações humanitárias.
Singano criticou severamente a conduta da CNE, afirmando que enquanto esta não contribuir para o crescimento da democracia e continuar a favorecer interesses partidários, as eleições no país serão injustas desde o recenseamento até a votação.
O presidente do RD reiterou o compromisso do partido em participar na eleição para representar a vontade popular, apesar das adversidades enfrentadas. Ele expressou confiança em eleger deputados para a Assembleia da República, destacando que o processo multipartidário deve ser respeitado, apesar das dificuldades enfrentadas.
Por fim, Singano fez uma acusação directa à Renamo, sugerindo que o partido estava tentando extinguir a RD por ser considerado um forte adversário político.