Em uma decisão surpreendente, Venâncio Mondlane anunciou sua renúncia ao partido Renamo e ao seu mandato como deputado no parlamento moçambicano na segunda-feira.
Mondlane, que concorreu à presidência da Renamo em maio, mas foi impedido de concorrer devido a não cumprir os requisitos do partido, justificou sua saída pela necessidade de buscar “meios mais eficientes” e um ambiente político mais propício para “continuar o seu combate em defesa da democracia plena e napromoção da justiça social em Moçambique”.
Mondlane, que foi deputado por seis anos e concorreu à presidência da Renamo em 2019, criticou a falta de democracia interna no partido e expressou sua frustração com a liderança atual. Ele também perdeu seu cargo como deputado na Assembleia da República por faltas.
Fontes próximas a Mondlane indicam que ele pretende concorrer à presidência de Moçambique como candidato independente nas próximas eleições. Sua saída da Renamo representa um grande desafio para o partido, que já enfrenta dificuldades para se recuperar da derrota nas eleições gerais de 2019.
A decisão de Mondlane também gerou reações mistas dentro da Renamo. Alguns membros do partido criticaram sua decisão, enquanto outros expressaram compreensão e apoio. O futuro político de Mondlane e o impacto de sua saída na Renamo ainda são incertos, mas sua decisão marca um novo capítulo na política moçambicana.