O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), a terceira maior força parlamentar do país, formalizou a candidatura de Lutero Simango às eleições presidenciais de 9 de Outubro, submetendo os documentos necessários ao Conselho Constitucional (CC).
“Com esta candidatura, estamos a pensar no futuro das novas gerações, no futuro das nossas crianças. […] Esta candidatura não é pessoal, não é individual, é uma candidatura colectiva, reflectindo a vontade dos moçambicanos para haver mudança em Moçambique”, declarou Lutero Simango, após a apresentação oficial da sua candidatura, no sábado, 1 de Junho, em Maputo.
Lutero Simango destacou que a sua candidatura simboliza os desejos do povo moçambicano por mudanças significativas no país, assegurando que o partido está preparado para enfrentar os desafios eleitorais.
“Não tivemos problemas para obter as assinaturas. Vinte mil assinaturas são apenas uma amostra das muitas que conseguimos a nível nacional”, afirmou o presidente do MDM, referindo-se a um dos requisitos exigidos pelo Conselho Constitucional para a submissão de candidaturas.
Lutero Simango, que assumiu a liderança do partido após a morte do seu irmão Daviz Simango em 2021, conta com o apoio do MDM para concorrer ao cargo de Presidente. Daviz Simango também havia concorrido ao mesmo cargo com o apoio do MDM dois anos antes.
O prazo para a submissão de candidaturas às eleições gerais de 9 de Outubro termina a 10 de Junho. A Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), o principal partido da oposição, apresentou na sexta-feira, a candidatura de Ossufo Momade, actual líder do partido, ao cargo de Presidente da República.
A Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), partido no poder, ainda não apresentou ao CC a candidatura de Daniel Chapo. Chapo foi eleito candidato da FRELIMO no dia 5 deste mês pelo Comité Central do partido.
As eleições presidenciais irão decorrer em simultâneo com as eleições legislativas e as eleições dos governadores e das assembleias provinciais. O actual Presidente da República, Filipe Nyusi, da FRELIMO, está constitucionalmente impedido de concorrer novamente, pois está a cumprir o seu segundo mandato na chefia de Estado, tendo sido eleito em 2015 e reeleito em 2019.