Após cinco meses desde o início das aulas, os alunos da primeira classe finalmente começaram a receber os seus livros escolares. Este marco é celebrado pelos professores como um avanço significativo que facilitará o ensino e aprendizagem.
Os manuais começaram a ser distribuídos na semana passada, chegando num momento crucial após um primeiro trimestre desafiador, marcado por condições pedagógicas adversas.
“Fomos obrigados a utilizar mais o caderno. Tínhamos que chamar cada criança e dar-lhes trabalho para copiar no seu próprio caderno. Era um processo complicado, mas conseguimos produzir algo”, explicou Fenias Saete, professor na Escola Primária Completa Unidade 18.
Rosita Zeca, colega de profissão na Escola Primária Completa das FPLM, reforça a importância dos livros: “Havia actividades que eram difíceis para as crianças entenderem. É fundamental termos os livros, pois neles encontramos palavras e objectos que são essenciais nesta fase inicial de aprendizagem.”
Com a chegada dos livros, o trabalho dos professores torna-se mais eficaz. “Com o livro, conseguimos relacionar tudo com a realidade dos alunos. Cada um tem o seu material onde pode ver e compreender facilmente as explicações dos professores”, afirmou Florência Lázaro, professora da primeira classe.
No entanto, a introdução dos livros não significa um recomeço do ensino do zero. Segundo Rosita Zeca, “Vamos continuar com as actividades que já tínhamos iniciado. No segundo trimestre, os livros serão utilizados para consolidar os conteúdos aprendidos até agora e ajudar aqueles alunos que necessitam de reforçar as suas habilidades educativas.”
As direcções das escolas confirmaram a recepção dos livros escolares para a primeira classe e informaram que todos os alunos já receberam os seus exemplares. “Recebemos os livros para a primeira classe, sendo distribuídos 290 livros de Português e Matemática. Estamos ainda à espera da entrega dos livros para a segunda classe”, declararam Dulce Vilanculos, directora pedagógica da Escola Primária Completa das FPLM, e Alzira Basílio, directora da Escola Primária Unidade 18.
É estimado que cerca de seis milhões de crianças estejam matriculadas nas primeiras e segundas classes, sendo que os alunos da segunda classe continuarão a utilizar cadernos de actividades fornecidos pela Académica Limitada.
