Destaque Dois moçambicanos acusados de financiar o terrorismo em Cabo Delgado

Dois moçambicanos acusados de financiar o terrorismo em Cabo Delgado

Dois cidadãos moçambicanos serão levados a julgamento na província de Cabo Delgado, sob a acusação de envolvimento em crimes relacionados ao financiamento do terrorismo, coleta de informações, adesão a uma organização terrorista e associação criminosa, conforme relatado por uma fonte do Ministério Público.

De acordo com essa fonte, os dois foram detidos “em flagrante delito” em março de 2023, na vila de Mocímboa da Praia, com a posse de 885.500 meticais (cerca de 13 mil euros) e “diversos géneros alimentícios destinados a garantir a sustentabilidade de um grupo terrorista acampado em Cabo Delgado”.

O Gabinete Central de Combate à Criminalidade Organizada e Transnacional (GCCCOT) abriu um processo criminal contra os dois cidadãos e, segundo o Ministério Público, durante a investigação, “ficou evidente que os arguidos, além de adquirirem géneros alimentícios, compravam cartões SIM e cupões de recarga de operadoras de telefonia móvel, que enviavam ao líder do grupo terrorista”.

“A instrução revelou que os arguidos, além de comprar géneros alimentícios, adquiriam cartões SIM, cupões de recarga das operadoras de telefonia móvel e remetiam-nos ao líder do grupo terrorista”, disse a fonte, acrescentando que “os cartões SIM, depois de usados, eram destruídos como forma de apagar os vestígios e evitar a ação da Justiça”.

Segundo a fonte, os arguidos usavam o dinheiro para adquirir informações sobre a localização e movimentação das Forças de Defesa e Segurança, que eram repassadas ao líder do grupo terrorista.

O processo foi remetido ao Tribunal Judicial da Província de Cabo Delgado no dia 22 de abril, com os dois arguidos mantidos sob prisão. Eles são acusados de financiamento ao terrorismo, recolha de informação, adesão a organização terrorista e associação criminosa.

Cabo Delgado enfrenta há seis anos uma insurgência armada, com alguns ataques reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico. A resposta militar começou em julho de 2021, com o apoio do Ruanda e outros países da África Austral.

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