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Ministro do Interior de Moçambique revela ligação entre empresários em casos de rapto

O Ministro do Interior de Moçambique, Pascoal Ronda, revelou que a recente onda de raptos no país nos últimos dez anos tem evidenciado uma forte ligação entre empresários do mesmo ramo, envolvendo tanto negócios lícitos quanto ilícitos.

Ronda explicou que as autoridades estão a investigar a fundo esses casos para compreender os detalhes por trás dos sequestros, incluindo os responsáveis, especialmente nas cidades de Maputo, Matola, Beira e Nampula.

Durante uma conferência de imprensa após a 8ª sessão ordinária do Conselho de Ministros, em Maputo, o ministro destacou que estão a ser realizadas investigações com base em inteligência criminal para identificar os mandantes dos raptos. Ele afirmou que em breve poderão apresentar os responsáveis pelos crimes.

Segundo Ronda, os sequestradores detidos têm revelado a participação de mandantes estrangeiros e indicado os locais de encontro com eles durante as investigações policiais. Ele ressaltou que a polícia está a trabalhar meticulosamente para chegar aos mandantes dos raptos em Moçambique.

O ministro assegurou que os mandantes dos crimes serão detidos, pois “não há crime perfeito”. Ele reconheceu que os raptos têm como alvo principalmente empresários de origem asiática, mas não confirmou se os negócios estão relacionados com atividades ilícitas.

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Das nove ocorrências registadas, sete foram esclarecidas e as vítimas libertadas, incluindo três resgatadas dos cativeiros. As autoridades prenderam 42 indivíduos, incluindo três sul-africanos, e confiscaram quatro pistolas, 26 munições e seis veículos. Dois cativeiros foram desmantelados.

Desde janeiro de 2024, foram registados quatro casos de rapto, sendo três consumados e um frustrado. Seis indivíduos foram detidos e uma pistola foi apreendida pelas autoridades.