A Itália anunciou um investimento de 5,5 mil milhões de euros em cooperação com África, com o objetivo de controlar os fluxos migratórios para o país e para a Europa.
O “Plano Mattei”, batizado em homenagem a Enrico Mattei, fundador da gigante estatal italiana da energia Eni, prevê o financiamento de projetos de desenvolvimento económico, social e ambiental em países africanos.
Entre os projetos-piloto previstos estão a construção de um grande centro de formação profissional para as energias renováveis em Marrocos, projetos de educação na Tunísia e de acessibilidade sanitária na Costa do Marfim.
A Itália espera que o “Plano Mattei” ajude a criar condições de desenvolvimento económico e social nos países africanos, o que, segundo o governo italiano, contribuirá para reduzir a pressão migratória sobre a Europa.
A cimeira Itália-África, que decorre em Roma esta segunda-feira, reúne 22 chefes de Estado e de governo africanos, líderes da União Africana (UA), da União Europeia (UE) e das principais organizações multilaterais.
O objetivo da cimeira é reforçar a cooperação entre a Itália e o continente africano, numa altura em que a Itália procura aumentar a sua influência internacional, nomeadamente na zona do Mediterrâneo.
A Itália é o segundo maior país da União Europeia em termos de número de chegadas de migrantes ilegais. Em 2023, chegaram a Itália cerca de 120 mil migrantes, a maioria provenientes da África subsaariana.