Destaque Partido Renamo submete queixa-crime contra presidente da CNE

Partido Renamo submete queixa-crime contra presidente da CNE

A Renamo submeteu uma queixa-crime à Procuradoria-Geral da República contra o presidente da Comissão Nacional de Eleições, Carlos Matsinhe, e outros 16 vogais do órgão eleitoral. O partido acusa a CNE de manipular os resultados das eleições de 11 de Outubro.

A submissão de processos criminais, pela Renamo, à Procuradoria-Geral da República, continuou, esta quinta-feira. Desta vez, contra o órgão que geriu as eleições autárquicas de 11 de Outubro. Entre os processados estão o presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Carlos Matsinhe, o vice-presidente, Fernando Mazanga, e outros 15 vogais da CNE.

Contudo, a mandatária da Renamo, Glória Salvador, foi quem submeteu os processos criminais.

“A CNE deu vitória à Frelimo em Chiúre, Alto-Molócuè, Quelimane e Vilanculos. Isso não pode ficar assim, devem ser processados. Qual foi a artimanha que usaram para conseguir essa vitória da Frelimo? Já agora, o CC mudou, mas também queremos saber qual foi a matemática que usou”, disse a mandatária.

A Renamo acusa a CNE de falsificar os resultados das eleições autárquicas a favor da Frelimo.

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“Esta participação criminal que deixamos é para fazer com que eles respondam e expliquem a razão de terem avançado com tais medidas”.

Da Procuradora-Geral da República, o partido Renamo exige responsabilização de todos os processados e espera pela anulação do acórdão do Conselho Constitucional.

“Em nome da paz e reconciliação, a procuradora pode muito bem mandar anular o acórdão ilegal. Se ela quer confusão, que espere pela confusão. Esperamos que a procuradora-geral, na qualidade de garante da legalidade na República de Moçambique, accione os mecanismos legais e chame as pessoas à responsabilização, independentemente do grupo parlamentar a que pertencem”, apelou António Muchanga, cabeça-de-lista da Renamo na Matola.

No entanto, o partido da perdiz reitera que vai continuar a submeter processos-crime, a nível distrital e provincial, nas autarquias onde considera ter sido injustiçado.