Foram restituídos à liberdade os 17 manifestantes detidos na marcha organizada pela Renamo, na Cidade de Maputo. A juíza do caso disse que os autos apresentados pela Polícia não foram assinados.
Foi aos cânticos que enalteciam a vitória da Renamo na Cidade de Maputo, que os 17 jovens que foram detidos na última sexta-feira celebravam a liberdade. Trata-se de integrantes da marcha de contestação de resultados eleitorais e outros nem por isso.
Em mãos, todos eles ostentavam o papel branco. Era um mandato de soltura, a carta de alforria dos manifestantes. Para a atribuição do tal documento, a juíza da segunda secção criminal de Kampfumo usou, como fundamento, o facto de os autos da Polícia da República de Moçambique não terem sido assinados e, por isso, eram inválidos.
Contudo, depois da soltura, os jornalistas lá estiveram para ouvir, de quem sentiu na pele, como é ser privado quatro dias de liberdade nas celas da PRM.
O cabeça-de-lista da Renamo, na Cidade de Maputo, esteve na soltura dos 17 jovens e disse que o partido vai responsabilizar a Polícia que os detivera.
Quinta-feira, às 09 horas, haverá a nossa concentração na Praça da Juventude em Magoanine”, deu a conhecer Venâncio Mondlane.
“O País” soube de alguém próximo ao processo que os detidos eram acusados, dentre outros crimes, de associação para obstruir a via pública, porte de bombas caseiras e vandalização de bens públicos e privados.
Em todo o país, contavam-se mais de 100 jovens detidos em marchas de contestação de resultados eleitorais.