O funeral do líder mercenário russo Yevgeny Prigozhin, chefe do grupo Wagner que morreu num acidente de avião na semana passada, foi realizado em cerimónia privada num cemitério nos arredores de sua cidade natal, São Petersburgo, refere a agência Reuters, que cita uma divulgação dos serviços de imprensa ligados ao mercenário.
“A despedida de Yevgeny Viktorovich ocorreu em formato fechado. Aqueles que desejam despedir-se podem visitar o cemitério de Porokhovskoye”, refere uma breve publicação no Telegram, acompanhada por uma foto de Prigozhin.
Contudo, os preparativos para o funeral de Prigozhin, que morreu num acidente de avião em 23 de agosto, dois meses depois de ter organizado um motim para desafiar o governo do presidente russo Vladimir Putin, foram mantidos em sigilo.
Anteriormente, já esta terça-feira, o Kremlin anunciara que Putin não compareceria ao funeral.
Duas outras figuras importantes do Wagner, quatro guarda-costas de Prigozhin e três tripulantes também morreram quando o seu jato particular Embraer Legacy 600 caiu a norte de Moscovo.
Mais públicas foram as cerimónias fúnebres de um dos adjuntos de Prigozhin, Valery Chekalov. Dezenas de mercenários russos reuniram-se no cemitério de Severnoye, em São Petersburgo, para o enterro de Chekalov , que morreu juntamente com o chefe do grupo Wagner no acidente de avião.
Um sacerdote ortodoxo russo abençoou o caixão de Chekalov, enquanto familiares, amigos e ex-colegas e membros do grupo Wagner, se despediam com flores, segundo a agência Reuters, que esteve presente no local.
No entanto, o jato privado Embraer Legacy 600, no qual viajava Prigozhin, despenhou-se a norte de Moscovo, causando a morte das 10 pessoas a bordo, incluindo os chefes do grupo Wagner, Dmitry Utkin e Valery Chekalov, bem como uma tripulação de três pessoas.
Ainda assim, não se sabe ao certo o que provocou a queda do avião, no entanto, os habitantes das aldeias próximas do local do acidente confirmaram à Reuters que ouviram um estrondo e depois viram o jato a cair no chão.
No dia seguinte ao acidente que vitimou Yevgeny Prigozhin, Putin enviou as suas condolências às famílias dos mortos e revelou que conhecia Prigozhin desde o início da década de 1990. “Era um homem com um destino difícil e cometeu erros graves na vida”, disse Putin, descrevendo-o como um homem de negócios.
Porém, o Kremlin considerou uma “mentira absoluta” a acusação de alguns políticos e comentadores internacionais de que Putin é o responsável pela morte de Prigozhin.
