Em causa está a libertação de 16 detidos e a alegada presença de um avião militar francês no espaço aéreo nigerino sem contacto com o controlo aéreo.
Contudo, a junta militar acusou a França de levar a cabo “um plano para desestabilizar” o país através da libertação “unilateral” de 16 terroristas que já tinham sido detidos em três operações antiterroristas, noticiou a Efe.
Em comunicado lido pelo coronel Amadou Abdramane, porta-voz da junta militar agrupada no Conselho Nacional de Salvaguarda da Pátria (CNSP), considerou que o objetivo da libertação visa que os terroristas “ataquem as posições” militares na região de Tillaberi, no sudoeste do Níger, sendo que a palavra “terroristas” se refere a fundamentalistas islâmicos.
Entretanto, o CNSP refere que, após a libertação, estes elementos participaram numa “reunião de planificação” de um ataque “contra posições militares na zona da tríplice fronteira” entre o Níger, o Burkina Faso e o Mali, no oeste do Níger.
Sem estabelecer qualquer ligação direta com esta “libertação” de prisioneiros extremistas, anunciou no mesmo comunicado que “a posição da guarda nacional de Boukou”, na zona da tríplice fronteira, “foi alvo de um ataque”, cujo resultado “ainda não foi estabelecido”.