Informação mais precisa dá conta de que são precisamente 293 funcionários públicos do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) em Nampula que estão com atraso salarial.
O Instituto de Investigação Agrária de Moçambique – centro zonal nordeste – tutela as estações agrárias existentes em Ribáuè, Nametil, Namialo, Namapa, na província de Nampula, e Montepuez, em Cabo Delgado, sendo que em todos esses locais 293 funcionários registam irregularidade no pagamento de salários desde o início deste ano.
“O salário de Fevereiro, por exemplo, entrou depois da primeira quinzena de Março. O único salário que entrou a tempo foi de Março. O salário de Abril entrou em Maio; o salário de Maio entrou no dia 23 de Junho. O salário de Junho e Julho, até então, não sabemos o que está a acontecer”, explicou um dos afectados que falou em anonimato.
A falta de salários desorganiza a vida privada dos funcionários e está a ter reflexo na prestação do serviço público. E como forma de terem informação oficial, dirigiram uma carta à direcção da instituição marcando um encontro para esta quarta-feira, mas até à saída da nossa equipa de reportagem, nenhum dirigente tinha se feito presente.
O Instituto de Investigação Agrária de Moçambique é uma instituição pública de investigação agrária que dá um suporte importante na pesquisa e desenvolvimento de sementes melhoradas, para além de certificar as sementes produzidas por particulares e que queiram colocar no mercado.
Assim, não foi possível colher informação da parte da direcção daquele instituto público porque o delegado provincial em Nampula estava ausente do local habitual de trabalho.
No entanto, o porta-voz do Governo disse em Maputo que o problema que se verifica nalgumas instituições públicas relativas ao pagamento de salários não está relacionada à falta de dinheiro na Contabilidade Pública, mas sim a problemas do sistema informático de processamento de salários.