Destaque Juristas exigem responsabilização da Polícia pelos actos de violência contra cidadãos

Juristas exigem responsabilização da Polícia pelos actos de violência contra cidadãos

Receba atualizações de trabalhos do MMO Emprego

Siga o nosso canal do Whatsapp para receber atualizações diárias anúncios de vagas.

Clique aqui para seguir

Os juristas Uriel Menete e Mpasso Camblege dizem que as autoridades violaram os direitos humanos e constitucionais, ao impedirem a marcha pacífica em homenagem ao artista Azagaia. Defendem, ainda, a responsabilização dos agentes envolvidos nos actos de violência.

Era para ser uma marcha, convocada como pacífica, pela Avenida Eduardo Mondlane até à Praça da Independência, em homenagem ao artista Azagaia. O acto foi autorizado pela edilidade, mas a Polícia impediu-o.

Sunil João é uma das pessoas que acumularam prejuízos em consequência da confusão. Enquanto a sua esposa fazia o trajecto junto da sua filha, o gás lacrimogéneo foi lançado para dentro da sua viatura, tendo, de seguida ardido, ligeiramente.

“Isto surpreendeu todos nós, o meu carro assim como de outros…foi sorte. No meu caso, o gás foi projectado para o interior da viatura no banco de trás, onde tem o tanque de combustível. Podia acontecer o pior e eu acho que a Polícia actuou muito mal, não posso deixar de dizer esta verdade”, afirmou Sunil João, munícipe.

Para o Jurista Passa Camblege, a justiça deve ser feita e o Estado deve ser responsabilizado pelos actos de violência e danos materiais.

“Em primeira linha, quem responde é o próprio Estado. Ele deve responsabilizar-se pela indemnização das vítimas que tiverem sofrido qualquer tipo de danos. Isso sem o prejuízo de, a posterior, o próprio Estado, tanto recorrer ao direito de regresso, relativamente a estes agentes, em concreto, e responsabilizá-los, criminal ou disciplinarmente, tendo em conta os actos praticados”, explicou Mpasso Camblege, jurista.

Já Uriel Menete, também jurista, diz que foi tudo inverso. Aquele que devia proteger o cidadão e garantir tranquilidade pública foi quem criou a desordem.

“Claramente que foram violados os direitos essenciais e fundamentais e os direitos humanos. Esperamos que as entidades que velam pelo cumprimento das leis no país, aqueles que devem garantir a legalidade, possam trazer de cima o seu papel, colocando ordem a quem se diz ser agente da lei e ordem”, disse Mpasso Camblege, jurista.