Sociedade Governo moçambicano irá financiar produção do livro escolar

Governo moçambicano irá financiar produção do livro escolar

O Governo vai financiar, a partir deste ano, a produção do livro escolar de distribuição gratuita com recurso ao Orçamento do Estado (OE), facto que visa reduzir, gradualmente, a dependência externa.

Segundo o Jornal Notícias, o Presidente da República, Filipe Nyusi, reiterou a ideia falando ontem no distrito de Molumbo, na Zambézia, durante a inauguração de uma escola secundária moderna, devidamente equipada, cuja construção custou cerca de 71 milhões de meticais, doados pelo Banco Islâmico.

Pronunciamento idêntico foi feito em Outubro último pelo Chefe do Estado, quando procedia ao lançamento da Política do Professor e Estratégia de Implementação 2023-2035, por ocasião do Dia do Professor.

A Escola Secundária de Mulombo vai beneficiar cerca de 1500 alunos, sendo constituída por onze salas de aula, bloco administrativo, biblioteca, salas dos professores e de informática, campo polivalente, sistema de abastecimento de água e parque de viaturas.

A sua inauguração insere-se, também, na abertura oficial do ano lectivo 2023.

Na ocasião, o Chefe do Estado referiu que o sector da Educação e Desenvolvimento Humano tem estado a registar um crescimento, prevendo-se que este ano escolar registe um incremento de cerca de 3 por cento.

Para que o processo de ensino e aprendizagem decorra sem sobressaltos, o sector disponibilizou cerca de 19 milhões 623 mil 220 livros do ensino primário, dos quais 18 milhões e 550 mil 600 são da modalidade monolingue e 1 milhão e 72 mil bilingue.

“Há pontos onde o livro escolar de distribuição gratuita ainda não chegou. No Porto de Nacala, por exemplo, ainda estão a ser descarregados os materiais, para depois serem distribuídos pelas províncias e destes pontos para os distritos e mais tarde alocados às escolas”, disse.

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Filipe Nyusi apelou aos pais ou encarregados de educação para fazerem o acompanhamento dos seus educandos, principalmente nos primeiros dias de aulas, para que estes não desistam de estudar.

Aos professores, o Chefe do Estado pediu maior envolvimento, preparando as lições, muita leitura e assiduidade, por forma a aprimorar a qualidade de ensino que todos os moçambicanos almejam, ressalvando que o desenvolvimento económico e social do país exige mão-de-obra altamente qualificada, sobretudo no saber fazer.

Com a reforma no Subsistema de Ensino Técnico-Profissional, segundo suas palavras, várias acções foram feitas, com destaque para a construção e reabilitação de institutos industriais, para garantir um ensino de qualidade.

Destacou a construção de raiz de um laboratório de processamento de gás, electricidade e automação no Instituto Industrial e Comercial de Pemba, na província de Cabo Delgado, para além de recapacitação de três hotéis-escola nas cidades de Maputo e Inhambane.

“Em 2022, no domínio do Ensino Técnico-Profissional, centrámos especial atenção em acções que visam tornar esta modalidade sustentável virada ao sector produtivo do país. O Ensino Técnico-Profissional é bastante dispendioso, necessitando de laboratórios, oficinas, entre outras componentes, para além de professores altamente qualificados”, disse.