Os médicos que não se fizerem ao trabalho na sequência da greve serão descontados nos seus salários. A informação foi avançada pelo ministro da Saúde, Armindo Tiago, durante a visita de trabalho ao Hospital Central de Quelimane.
Armindo Tiago justificou referindo que a função pública é regida por normas e as mesmas serão cumpridas, explicando que o Governo vai aplicar a Lei que estabelece que quem não vai trabalhar tem falta com implicações salariais.
Questionado sobre a legalidade da greve, Armindo Tiago, que também é médico de profissão, respondeu: “Eu não quero classificar se é legítima ou ilegítima, porque aí teríamos campos de interpretação. O que nós estamos a dizer apenas é que nós vamos aplicar a Lei para quem faltar”.
“Existem três províncias (Cabo Delgado, Niassa e Zambézia) onde nós gostaríamos de saudar os médicos e os profissionais de saúde porque estão a mostrar que estão apenas a cumprir a sua missão de fazer o bem e cuidar da saúde das populações”, salientou.
Segundo o Ministro da Saúde, o seu sector não devia, em condições normais, sofrer perturbações graves para poder cumprir integralmente a sua missão. “Neste momento de perturbação, temos alguns colegas que não estão a ir às unidades sanitárias. Nós fizemos uma análise de três dias, sendo que no primeiro foi 11% de ausências, segundo-dia, 14% e no terceiro dia 13%. Significa que, em termos de dados de faltas, a nível dos hospitais, a tendência mantém-se, mas, na essência, os hospitais estão a oferecer todos os serviços embora em algumas situações de atrasos, mas os serviços estão a ser oferecidos”.