O vice-ministro da Administração Estatal e Função Pública, Inocêncio Impissa, disse, nessa terça-feira, que o Governo já repôs os valores de subsídios que tinha retirado no âmbito da Tabela Salarial Única (TSU), provocando descontentamento nos trabalhadores do Estado.
“Para estas classes que reivindicavam esta abordagem de reintrodução dos subsídios, foi fixado o quantitativo nominal, ou seja, aquilo que recebia quando se aplicava o percentual da tabela salarial antiga”, afirmou Impissa, citado pelo jornal Notícias.
Aquele responsável, avançou que o Governo também encontrou uma solução para a redução do fosso salarial entre dirigentes e subordinados, que também está na origem da contestação contra a Tabela Salarial Única.
“Tínhamos situações em que um certo director de uma escola recebia três vezes mais do que um professor”, exemplificou.
A implementação da TSU está a ser alvo de forte contestação por parte de várias classes profissionais, concretamente médicos, juízes e professores.
Grupos de professores ameaçaram boicotar exames e a Associação Médica de Moçambique remarcou para 5 de Dezembro uma greve nacional, dependente da resposta a várias reivindicações.
Por seu turno, a Associação Moçambicana de Juízes (AMJ) ameaçou impugnar o novo modelo salarial, considerando que o instrumento “põe em causa o estatuto constitucional dos juízes”.