Sociedade Cabo Delgado: Forças conjuntas resgatam centenas de pessoas

Cabo Delgado: Forças conjuntas resgatam centenas de pessoas

Rwanda soldiers patrol in front of what remains of the airport in Mocimboa da Praia on September 22, 2021. - Since July 2021 a contingent of a thousand Rwandan soldiers and policemen is deployed to Mozambique to fight insurgents that were terrorising populations. The Rwanda Defence Forces (RDF) declared few victories among which the liberation of Mocimboia Da Praia which was occupied by jihadist for almost a year. (Photo by Simon WOHLFAHRT / AFP)

Pelo menos 600 pessoas raptadas por rebeldes em Cabo Delgado foram resgatadas nos últimos quatro meses em Macomia pelas forças de Moçambique, do Rwanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), informou, ontem, o Ministério da Defesa Rwanda, noticiou a Lusa.

O resgate destas pessoas é o resultado das ofensivas militares que as forças governamentais desencadearam para assaltar posições dos rebeldes na base de Catupa, localizada numa mata densa do distrito de Macomia, indicou o Ministério da Defesa do Rwanda, em nota oficial.

“Os grupos terroristas aliados ao Estado Islâmico em Moçambique foram obrigados a fugir para as localidades de Nkoe e Nguida do mesmo distrito, pois continuam a ser rastreados pelas forças conjuntas”, acrescenta a nota de Kigali.

A operação que resultou na tomada da base Catupa foi anunciada pelo Chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, em 15 de Julho, tendo avançado ainda que, durante os confrontos, um dos líderes dos rebeldes que aterrorizam Cabo Delgado desde 2017 foi abatido.

A base Catupa, descrita como o principal refúgio dos rebeldes em Macomia, estava localizada numa mata densa do distrito e albergava insurgentes que fugiram das operações militares que culminaram com a recuperação de Mocímboa da Praia, em Agosto do ano passado, segundo informações avançadas pelas Forças Armadas de Defesa e Segurança de Moçambique em 23 de Julho.

Durante a operação para a tomada da base Catupa, segundo as forças governamentais moçambicanas, dezenas de rebeldes foram abatidos, tendo também sido apreendido material bélico, em quantidade não especificada, e computadores, bem como rádios de comunicação que eram usados pelos insurgentes para coordenar acções.