Sociedade Operadores da linha do cliente da Vodacom paralisam actividades

Operadores da linha do cliente da Vodacom paralisam actividades

Trabalhadores do centro de chamadas da Vodacom, sob gestão da Contact, paralisaram esta segunda-feira as suas actividades em protesto às más condições de trabalho, entre outras exigências está o aumento do salário e reclamam de maus-tratos, escreve o O País.

“Estamos aqui para reivindicar o nosso salário, que nos mandem embora se quiserem”, disse, indignada, uma colaboradora que depois acrescentou: “Nosso salário não é actualizado há mais de cinco anos. Nesse período, o custo de vida disparou várias vezes. Aqui trabalhamos como escravos modernos, nunca muda nada além das nossas despesas que só aumentam. Chamamos o nosso patronato e o mesmo não nos responde a nada. A única coisa que tivemos, como resposta, é que devemos deixar o emprego se não quisermos trabalhar”.

As queixas dos operadores da linha do cliente da Vodacom, filiados à Contact, não se limitam apenas nos seus ordenados; este grupo de trabalhadores denuncia maus-tratos por parte do patronato.

“Nós ouvimos insultos de todo tipo e não podemos fazer nada, simplesmente temos que ficar ali a escutar, somos impedidos de ficar doente com fosse por escolha própria. Das 8 horas que trabalhamos, temos apenas 15 minutos para ir à casa de banho. Não tivemos um aviso prévio que iam retirar as carinhas por um certo tempo e assim, não programamos como parte das nossas despesas, o que constitui mais um problema”.

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Por sua vez, a Contact diz que não reconhece a indignação e as acusações dos seus colaboradores. Questionado sobre falta de salário, o responsável respondeu.

“Hoje de manhã fomos surpreendidos com a informação de que alguns trabalhadores paralisaram as suas actividades e, desde lá, estamos a tentar perceber o que realmente se passa, porque não sabemos. Infelizmente, nenhuma comunicação atempadamente sobre isto. Neste momento, estamos a trabalhar internamente para tentar perceber o que se passa. Podem haver excepções, mas sempre garantimos o salário até dia 25 de todos meses”, afirmou Rogério Maboia, gestor da Unidade de Negócio da Contact.

A Contact garantiu ao jornal “O País” que está a efectuar um trabalho em coordenação com a Vodacom e o Ministério do Trabalho para resolver a situação o mais rápido possível.