O grupo rebelde M23 rejeitou esta quinta-feira (7) retirar-se das suas posições no leste da República Democrática do Congo, apesar de os Presidentes congolês e ruandês terem acordado na quarta-feira um cessar-fogo na zona fronteiriça.
Os líderes da RDC e do Ruanda, Félix Tshisekedi e Paul Kagamé, respectivamente, acordaram na quarta-feira, após um encontro em Luanda, mediado pelo Presidente angolano, um cessar-fogo imediato na fronteira e a retirada dos rebeldes do M23, cujo ressurgimento no leste da RDC está na origem da tensão entre os dois países vizinhos.
No entanto, o porta-voz deste movimento, Willy Ngoma, rejeitou hoje a possibilidade de uma retirada: “Retirar-nos para ir aonde? Somos congoleses. Querem que vivamos sem país”, questionou-se, em declarações à cadeia britânica BBC.
“Se houver um cessar-fogo, tem de ser entre nós e o Governo congolês”, concretizou Ngoma, em declarações à agência France-Presse, afirmando que o acordo alcançado na quarta-feira “não compromete” o M23.
Ngoma insistiu que se trata de um problema político que deve ser resolvido pelos congoleses, uma vez que o grupo rebelde está a assumir a “nobre e justa causa” de defender os direitos da população congolesa que fala kinyarwanda.