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Forças de segurança dispararam granadas de gás lacrimogéneo contra milhares de manifestantes em protesto em Sudão

Forças de segurança dispararam no domingo, (30), granadas de gás lacrimogéneo em Cartum na tentativa de dispersar milhares de manifestantes que protestavam contra o golpe liderado pelo chefe do exército em outubro.

Os manifestantes exigiam justiça e democracia no Sudão, observou um jornalista da Agência France-Presse.

Mais de três meses após o golpe de Estado do general Abdel Fattah al-Burhane, a mobilização não enfraquece apesar da repressão que já matou 78 manifestantes, muitos deles baleados, de acordo com médicos pró-democracia.

Milhares de manifestantes tomaram as ruas da capital do Sudão e de outras cidades do país, para a última de uma série de manifestações que se têm realizado há vários meses, denunciando um golpe militar ocorrido em outubro último que mergulhou o país em tumultos.

Os manifestantes, na maioria homens e mulheres jovens, marcharam nas ruas de Cartum e outras cidades, exigindo o fim da tomada do poder pelos militares. Apelaram a um governo totalmente civil para liderar a transição do país para a democracia, agora instalada.

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O golpe de Estado fez com que a transição do Sudão para o regime democrático fosse interrompida após três décadas de repressão e isolamento internacional sob o Presidente autocrático Omar al-Bashir. A nação africana tem estado num caminho frágil para a democracia desde que uma revolta popular forçou os militares a retirar al-Bashir e o seu governo islâmico em abril de 2019.

Os protestos são convocados pela Associação de Profissionais Sudaneses e pelos Comités de Resistência, que foram a espinha dorsal da revolta contra al-Bashir e dos incansáveis protestos anti-golpe nos últimos três meses.