Há três anos que Manuel Chang está num “limbo” prisional que pode não ser deduzido de uma possível pena, em caso de condenação. Os direitos fundamentais do ex-ministro começam a ser “arranhados”, alertam entendidos.
Há três anos que Manuel Chang “está de molho” numa prisão sul-africana. O ex-ministro das Finanças de Moçambique tem sido uma bola de ping pong nas mãos da justiça sul-africana; que ora decide extraditá-lo para Moçambique ora para os EUA. Na base está uma guerra de recursos judiciais entre a Procuradoria-Geral da República (PGR) e sociedade civil moçambicanas.
Segundo o psicólogo Stélio Cesár, a indefinição sobre o destino de Chang “do ponto de vista psicológico acarreta consequências que podemos considerar péssimas para a saúde mental e emocional do sujeito em causa. E tendo em conta a idade do sujeito, já a pensar numa reforma, esta detenção comprometeu o seu ciclo de vida”.
O psicólogo alerta para possíveis perturbações do indivíduo: “Pode desenvolver algum transtorno de humor, porque o cárcere já preconiza o desenvolvimento de perturbações mentais: depressão ou ansiedade… Quando não é acompanhado, agravado pela incerteza sobre o seu destino”.