A Venezuela “não melhorou” suas condições para garantir a liberdade de expressão e o acesso à informação, o que a mantém como um dos países “mais adversos” para exercer o jornalismo, afirmou na segunda-feira (28) o relator especial da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
“Não melhorou, no relatório de 2019 da CIDH se encontrava no capítulo (…) reservado para as situações mais críticas, e se manteve no ano 2020”, disse Pedro Vaca, relator especial para a liberdade de expressão da CIDH, em uma videoconferência com correspondentes internacionais em Caracas.
Por “vários anos consecutivos”, a Venezuela permaneceu nessa seção dos relatórios anuais da CIDH, reflexo de ser “um dos contextos mais adversos para o exercício do jornalismo no continente”, afirmou Vaca.
A CIDH publicou em março um relatório sobre o status da liberdade de imprensa na América, no qual denuncia que “graves violações ao direito à liberdade de expressão na Venezuela continuaram sendo a regra durante 2020”.
Isso ocorreu mesmo em meio à pandemia de covid-19, lembrou Vaca, que chegou a um país “com uma deterioração muito acentuada nas garantias da liberdade de expressão”.