Mais de 3 anos “debaixo do fogo”, numa violência armada promovida por homens ainda “sem rosto”. Os “sem rosto” são os terroristas que em alguns distritos de Cabo Delgado criam insegurança, assassinando pessoas e destruição de bens da população. Os números dos afectados pelas barbáries dos malfeitores ultrapassam meio milhão.
De acordo com dados do Executivo, há, até ao momento, 661 mil deslocados. O número foi partilhado, ontem (10), na Assembleia da República (AR), pelo Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário.
Do Rosário garantiu que o Governo está a prestar assistência humanitária a essas pessoas, que se encontram em diversos centros de acolhimento.
O governante sublinhou ainda, que quer ao nível regional e internacional, aumenta a manifestação de interesse, no apoio a Moçambique, contra o fenómeno que já ceifou mais de duas mil vidas.
Governo enaltece bravura das FDS
Diante do terrorismo, fenómeno que consta entre os elementos na ordem do dia, no país, o Governo reconhece a “bravura” das Forças de Defesa e Segurança (FDS).
Conforme avançou o Primeiro-Ministro, apesar da instabilidade que ainda paira em alguns pontos de Cabo Delgado, tem se constatado, na província, um “retorno gradual à normalidade”. Carlos Agostinho do Rosário apontou o empenho das FDS como o factor que está a determinar esse sucesso.
O Primeiro-Ministro reiterou ainda, o apelo ao arrependimento dos jovens que engrossaram às fileiras dos terroristas.
“Aos jovens que se juntaram aos terroristas, que voltem”, disse, sublinhando que há perdão e reinserção na sociedade para eles.
Carlos Agostinho do Rosário que falava na abertura do primeiro dia da sessão de informações do Governo, na AR, reafirmou o compromisso do Executivo nos diversos pilares que integram as prioridades para a execução do Plano Económico e Social (PES), este ano.