Cultura A arte e o activismo cultural devem estimular atitudes positivas

A arte e o activismo cultural devem estimular atitudes positivas

A pintora e escultora Bena Filipe considera que a arte e o activismo cultural devem estimular atitudes positivas, servindo de ferramentas que concorram para despertar a sociedade. Com duas individuais expostas em Nampula e Maputo, a artista plástica tem usado o seu poder criativo na ressocialização das pessoas.

15 anos depois de ter descoberto o encanto das tintas, no bairro Malhangalene, na cidade de Maputo, Bena Filipe continua comprometida com as artes plásticas. Entretanto, a autora das exposições individuais Expor um dia Retrato da minha sociedade no feminino, há alguns anos, decidiu acrescentar à sua arte outro nível de relevância.

Além de compromissos ligados ao belo, Bena Filipe resolveu fazer da arte uma ponte que aproxima pessoas aparentemente segregadas. “Fui notando que a diversidade cultural é muito abrangente e, com melhor, reaproveitamento, pode-se educar, recuperar mentes, melhorar os hábitos e costumes e ressocializar”.

A pensar na ressocialização, a pintora e escultora quer que a arte, nessa vertente mais humanista, seja mais praticada, consumida, entendida como educadora e de correcção nos diferentes níveis sociais, com enfoque para os mais sensíveis e vulneráveis (jovens e adolescentes).

Assim tem sido nestes anos. Quando Bena Filipe identifica, observa um problema ou, por oposição, encontra uma acção positiva, a tela e o ferro apresentam-se como materiais privilegiados para uma justa reflexão conjunta.