O grupo de Mariano Nhongo exige melhores condições de reintegração, a renegociação do acordo de paz de 2019 entre o Governo e a Renamo e a renúncia do atual presidente do principal partido da oposição, Ossufo Momade, que acusam de ter desviado o processo de negociação dos ideais de seu antecessor, Afonso Dhlakama, líder histórico que morreu em maio de 2018.
Em outubro, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, tinha anunciado uma trégua na perseguição das Forças de Defesa e Segurança (FDS) à Junta Militar da Renamo durante sete dias, mas tentativas de aproximação para um diálogo fracassaram, com as duas partes a trocarem acusações.
Após o fracasso das primeiras tentativas de negociação, o Presidente moçambicano anunciou operações de grande vulto contra bases da autoproclamada Junta Militar no centro de Moçambique, avançando que as Forças de Defesa e Segurança capturaram três homens próximos do líder do grupo, Mariano Nhongo, um dos quais era seu assistente de campo.
Em finais de dezembro, o líder da autoproclamada Junta Militar da Renamo anunciou a suspensão das emboscadas e ataques de viaturas nas estradas e aldeias do centro de Moçambique, para permitir o início de negociações de paz com o Governo, mas nada mais foi dito sobre o assunto publicamente.
Os ataques atribuídos à Junta Militar da Renamo no centro de Moçambique já provocaram a morte de, pelo menos, 31 pessoas desde agosto de 2019.