Sociedade Mais de 600 profissionais de saúde abandonaram postos em Cabo Delgado

Mais de 600 profissionais de saúde abandonaram postos em Cabo Delgado

Um total de 641 profissionais de saúde abandonaram o seus postos de trabalho devido à violência armada em distritos da província de Cabo Delgado, no Norte de Moçambique, informou o ministro da Saúde.

Os profissionais de saúde “perderam tudo e estão refugiados em zonas consideradas seguras”, havendo 41 unidades hospitalares encerradas, das quais 27 estão destruídas, segundo Armindo Tiago, citado hoje pela Televisão de Moçambique.

A situação criou uma segunda preocupação para o setor da saúde, além da covid-19, lamentou o ministro, durante um encontro com parceiros de cooperação, que visava abordar estratégias para área.

A violência armada em Cabo Delgado, onde se desenvolve o maior investimento multinacional privado de África, para a exploração de gás natural, está a provocar uma crise humanitária com mais de duas mil mortes e 560 mil deslocados, sem habitação, nem alimentos, concentrando-se sobretudo na capital provincial, Pemba.

Algumas das incursões passaram a ser reivindicadas pelo grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico desde 2019.

A Organização das Nações Unidas anunciou na sexta-feira que precisava de 254 milhões de dólares (207 milhões de euros) para garantir a assistência humanitária às populações deslocadas devido a violência armada em Cabo Delgado.

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