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Cristãos e muçulmanos em pé de guerra devido ao uso do lenço religioso nas escolas

Cristãos e muçulmanos em pé de guerra no Malawi, tudo gira em torno do uso do hijab nas escolas católicas e anglicanas.

A situação está cada vez mais tensa. Na madrugada da quarta-feira (28), um grupo de muçulmanos ateou fogo sobre uma escola católica no distrito de Machinga, em reivindicação da proibição do uso do lenço religioso pelas alunas que professam o Islão.

O fogo reduziu a cinza, o gabinete do director da escola por sinal um padre católico, acusado de ser promotor da proibição do uso do lenço religioso, que dá dignidade, identidade e religiosidade às mulheres muçulmanas.

Os católicos e anglicanos afirmam que não vão alterar os princípios instituídos nas suas escolas, para acomodar interesses de um grupo.

“Se os muçulmanos quiserem frequentar escolas cristãs devem-se sujeitar às regras da casa”, sublinharam.

Os anglicanos apelaram aos muçulmanos a construírem escolas próprias, onde poderão impor livremente a sua doutrina.

Devido a crescente onda de violência gerada por esta imposição muçulmana, no Malawi, os anglicanos ameaçam encerrar as suas escolas.

O presidente do Malawi Lazarus Chakwera viu se obrigado a intervir esta quarta-feira, para serenar os ânimos.

Esta não é a primeira vez que muçulmanos e cristãos entram em conflito no Malawi.

Desde o ano passado a esta parte, várias igrejas e escolas de Mangochi e Balaka pertencentes aos católicos e anglicanos foram destruídas por muçulmanos.

Cerca de cinquenta por cento das escolas no Malawi pertencem ao sector privado, com as igrejas católica e anglicana a ocuparem o lugar de destaque.

Se os católicos e anglicanos decidirem fechar as suas escolas, o sistema de educação no Malawi pode entrar colapso, pois, maior número de crianças não terá acesso à educação.