O Governador do estado brasileiro do Rio de Janeiro foi acusado esta sexta-feira pela Procuradoria Geral da República e afastado de seu cargo por 180 dias por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STF) no âmbito de uma investigação sobre fraudes na área da saúde. O governador diz receber a decisão “com grande surpresa”.
Wilson Witzel, ex-juiz e governador do Rio de Janeiro eleito em 2018, é acusado de participar de esquemas ilícitos para desviar recursos da área da saúde durante a pandemia do novo coronavírus.
Desde o início da manhã desta sexta-feira, procuradores do Ministério Público Federal (MPF), policias federais e auditores da Receita Federal cumprem diversos mandados de prisão e de busca e apreensão em endereços ligados aos principais nomes do governo “fluminense”.
Entre os alvos estão o governador, o vice-governador e o presidente da Assembleia Legislativa (Alerj) do estado brasileiro do Rio de Janeiro.
As diligências foram autorizadas pelo juiz do STJ Benedito Gonçalves, que também determinou o afastamento de Wilson Witzel do cargo.
A operação, batizada de “Tris in Idem”, é um desdobramento da Operação Placebo, que investiga corrupção em contratos públicos governo do Rio e Janeiro na área da saúde.