Sociedade Tribunal julga acusados de assassinar um professor em Inharrime

Tribunal julga acusados de assassinar um professor em Inharrime

Trata-se de um crime com contornos de novela, mas com personagens e episódios verídicos. No ano passado uma viatura foi roubada duas vezes em apenas um mês, e todas elas pela mesma quadrilha.

A primeira vez foi no início do mês de Dezembro, quando a calada da noite os meliantes subtraíram a viatura, que posteriormente foi recuperada pela polícia no distrito de Massinga.

O segundo episódio foi a 30 de Dezembro e ai, a história teve um final trágico. O proprietário da viatura caiu na armadilha da quadrilha e acabou morto a facadas, numa mata no distrito de Panda.

Segundo o ministério público, a dupla Gito e Sérgio, orquestraram e com a ajuda de amigos, mataram o professor para se apoderar da viatura. Foram eles que contactaram a vítima alegadamente porque queriam transportar mercadoria e chegados a Inhassune, agrediram fisicamente a vitima e desferiram vários golpes com um instrumento contundente até que a vítima perdeu a vida no local.

Depois da consumação do crime, a viatura foi parar as mãos de Hilario e Amade em Homoíne que tinham a missão de desmontar e vender em peças. Alias, foi na operação de venda do motor da viatura que estes foram neutralizados e agora deverão responder em tribunal.

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O co-réu Gito deverá responder por dois crimes de roube, concorrendo para homicídio qualificado, cuja moldura penal é de 20 a 24 anos de prisão. Os outros réus também vão responder pelos mesmos crimes, porém na qualidade de encobridores e por isso podem ser punidos a penas que vão de 16 a 20 anos de prisão.

A defesa dos réus diz que nem tudo é o que parece, uma vez que os co-réus mecânicos não tinham conhecimento da proveniência da viatura. Em relação ao co-réu Gito, a defesa diz que este foi uma vítima que caiu nas mãos de Sérgio, ora foragido e aproveitou-se da sua ingenuidade.

Dos 6 réus, o co-arguido Sérgio é julgado a revelia por estar foragido, e os restantes negam sua participação no crime.