O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, deu o sinal de partida da campanha eleitoral conservadora para as Legislativas de Dezembro com a promessa de “efectivar o Brexit”. Lançou igualmente as primeiras ‘farpas’ ao rival trabalhista, comparando Jeremy Corbyn com o ditador soviético Josef Estaline.
“Confiem em nós e levem o Brexit até ao fim e o país para a frente, ou passem o ano de 2020 num espectáculo de horror, de indecisão e adiamento”, afirmou Johnson, diante do Nº 10 de Downing Street, residência oficial do primeiro-ministro britânico.
O líder conservador garantiu que, se for eleito no dia 12 de Dezembro, retirará o Reino Unido da UE logo em Janeiro de 2020 (Corbyn prometeu fazê-lo também, mas em seis meses e só após um novo referendo). Para cumprir a promessa, Johnson precisa de reforçar a maioria parlamentar conservadora, a fim de ratificar o acordo que firmou com Bruxelas em Outubro.
Sobre a antecipação das eleições, o chefe de governo garantiu que não a desejava, “especialmente em Dezembro” (desde 1923 que os britânicos não votam no inverno), mas diz não ter tido escolha, devido à intransigência trabalhista.
Acusou ainda Corbyn de querer “adiar o Brexit” e destruir as bases da economia ao atacar os mais ricos, “como Estaline fez aos ‘kulaks’”, os soviéticos que possuíam terras.
“Represento ambos os lados do Brexit”
Acusado de ambiguidade sobre a saída do Reino Unido da UE, o líder trabalhista, Jeremy Corbyn, quis esclarecer tudo esta quarta-feira, na abertura da campanha eleitoral.
“Acusam-me de tentar representar ao mesmo tempo os que votaram pela saída e os que votaram pela permanência. E é verdade”, afirmou, explicando: “Quem aspira a ser primeiro-ministro não representa só 52% ou 48%, mas sim 99%. Queremos unir um país dividido.”
CM