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Detidos tio e sobrinho indiciados no crime de roubo de baterias de câmaras de vigilância

Na madrugada da última sexta-feira, tio e sobrinho foram interceptados pela polícia depois de supostamente roubarem três baterias das câmaras de vigilância pública.

Não era a primeira vez que os dois homens envolviam-se naquele tipo de crime, em ocasião anterior já praticaram mesmo acto criminal na zona de Zimpeto, onde roubaram três baterias e vendidas na província de Inhambane. E desta segunda vez foi na câmara de vigilância instalada na Costa do Sol, no ponto de acesso à Av. Major General Cândido Mondlane, vulgo Dona Alice, partindo da Estrada circular de Maputo.

As baterias seriam vendidas a mil meticais cada. Os homens recorrem à pá para remover o pavê e depois escavam a superfície da areia até às profundidades, onde extraem as baterias que são usadas para alimentar àquele equipamento que funciona também com recurso a painéis solares.

Um dos suspeitos contou a reportagem do “O País” que um conhecido seu que sabe do valor e utilidade daquelas baterias teria dado instruções de como as mesmas são removidas e onde vender. O suspeito assume autorias do crime e diz saber dos prejuízos que causou “estas baterias deram-se para vender. Queríamos levar este produto para casa e depois para Inhambane. A pessoa que compra está em Inhambane.

As câmaras de vigilância pública estão instaladas um pouco por toda a Cidade de Maputo. Ao longo da estrada circular, em particular de Maputo, estão perfiladas no percurso da via. Longe de imaginar, há afinal indivíduos que já identificaram que de baixo daquelas torres que suportam as câmaras há baterias, mesmo com os pavês que fazem a cobertura da superfície externa.

O sobrinho tem apenas 17 anos de idade. Diz que o seu tio o chamou para trabalhar, sem, no entanto, dizer qual era o serviço. Afinal, tratava-se de roubo. E não é a primeira vez que a dupla envolve-se em actos criminais. “Veio para minha casa para me chamar, a dizer que tem um trabalho aqui no Zimpeto, no primeiro dia, quando fomos descobrir que afinal era para roubar baterias, daí fomos tirar baterias. E veio no segundo dia foi na sexta-feira, veio de novo para irmos aqui para tirarmos de novo baterias”.

A Polícia conta que encontrou a dupla na posse das baterias que roubaram das câmaras de vigilância pública numa mochila na madrugada da sexta-feira. A PRM diz que os indiciados serão responsabilizados criminalmente. “Pode aventar-se a hipótese deste material que estes indivíduos foram subtrair ser muito caro. Eles pretendiam vender a três mil meticais. A nossa responsabilidade como Polícia e garantir a ordem e a segurança públicas, estes envolvidos serão responsabilizados criminalmente”.

No local do crime, os dois homens não souberam explicar como é que chegaram à conclusão de que associadas às câmaras existiam baterias enterradas no solo cobertas por pavês.

O País