Cerca de 300 passageiros da companhia Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) viram-se impedidos de viajar na manhã de ontem devido ao cancelamento de voos, desencadeado pela falta de combustível para abastecer a sua frota de aviões.
Por isso, foram cancelados os voos com destino para Maputo para Beira e Nampula.
Questionado sobre o assunto, o Ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, reconheceu a existência de problemas a nível da gestão da LAM e explicou que os mesmos estão relacionados com o processo de acerto de contas entre aquela companhia aérea de bandeira nacional e os seus fornecedores de combustível.
“Tenho informação que ocorreram reuniões de trabalho entre as empresas para terminar a reconciliação de contas, porque os pagamentos estão a ser feitos e deve ter havido um ruído qualquer no processo de registo desses pagamentos”, disse o governante em conferência de imprensa havida quarta-feira em Maputo.
Explicou que, como forma de tentar evitar a ocorrência de situações do género, o governo moçambicano já está a trabalhar no processo da reestruturação da LAM e de outras empresas públicas, tais como a Telecomunicações de Moçambique (TDM) e Moçambique Celular (MCEL), que está numa fase avançada.
“Temos algumas propostas, como já foi em momento oportuno veiculado à imprensa e a comunidade, de que estes trabalhos estão a avançar, precisamos é de ter cautela na avaliação porque quando falamos de aviação tem um tratamento completamente distinto de outro tipo de transporte”, apontou.
Referiu que é importante ter em conta os instrumentos de regulação doméstica e os aspectos de índole internacional para fazer o devido casamento, para que não haja maus entendimentos e para que no se crie mais problemas dos que já existem.
Folha de Maputo