Três agentes do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) e um técnico do sector de Florestas e Fauna Bravia no Niassa acabam de ser detidos por ordem da procuradoria provincial, acusados de desvio de 105 pontas de marfim.
O roubo das 105 pontas de marfim foi registado entre Abril de 2016 e Abril do ano passado, e as mesmas foram confiscadas na República do Cambodja.
O porta-voz da Procuradoria da República no Niassa, Francisco Albano, citado pelo Jornal Notícias, disse que pesa sobre os três funcionários do SERNIC a participação no desvio de 20 pontas de marfim que se encontravam depositados no cofre da instituição em Lichinga.
De acordo com a fonte acima citada, a detenção do técnico afecto ao Serviço Provincial de Florestas e Fauna Bravia prende-se com o desvio de 85 pontas de marfim que igualmente se encontravam à guarda da sua instituição.
De recordar que parte das três toneladas do marfim apreendido no mês passado no Porto de Maputo foi roubado nos armazéns da Direcção Provincial da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural e do Serviço de Investigação Criminal (SERNIC), ambos na cidade de Lichinga.
Francisco Albano disse, noutro desenvolvimento, que contra os quatro arguidos está em curso a instrução, em fase preparatória, dos respectivos processos-crime, que depois da sua conclusão serão remetidos ao tribunal para julgamento.
Os distritos que fazem parte da área de conservação da Reserva Nacional do Niassa, nomeadamente Mecula, Maúa, Marrupa, Sanga, Majune e Muembe, são propensos à ocorrência de abate de elefantes por cidadãos que usam para o efeito armas de caça e de fogo, apesar das patrulhas efectuadas pela fiscalização, que usa meios aéreos e terrestres.
Folha de Maputo