Destaque Polícia intima malfeitores da Mocímboa da Praia a entregarem-se

Polícia intima malfeitores da Mocímboa da Praia a entregarem-se

O Comandante-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael, deu sete dias aos malfeitores que estão a criar alteração da ordem em Mocímboa da Praia, para se entregarem às autoridades policiais com as respectivas armas de fogo.

Segundo Bernardino Rafael, todos os que se apresentarem às autoridades policiais com as respectivas armas serão amnistiados. Falando num comício popular na vila-sede de Mocímboa da Praia, o comandante advertiu que findo o prazo, a PRM vai configurá-los como terroristas e combatidos sem tréguas.

Ao arrepender-se e entregar-se com as respectivas armas e catanas que usam para atacar unidades policiais e líderes comunitários, iremos perdoá-los e integrá-los nos processos normais de produção e desenvolvimento do país“, disse o comandante geral da Polícia, acrescentando que Moçambique precisa de paz e ela só será alcançada com o comprometimento de todos em acções de desenvolvimento. Por isso, “apelamos a todos que têm armas e a criar alteração da ordem para que se entreguem que serão amnistiados”, exortou Bernardino Rafael.

Num encontro bastante concorrido, onde foi apresentado um dos atacantes que contou todo o esquema, o comandante-geral da PRM frisou que as acções contra as unidades policiais e líderes comunitários devem parar, tendo convidado a todos para que sejam vigilantes.

Ao que explicou, qualquer alteração da ordem trás retrocesso no desenvolvimento do país, razão pela qual a vigilância deve ser redobrada.

Entretanto, do trabalho operativo levado a cabo pelas autoridades policiais foi possível deter 251 malfeitores em conexão com os ataques, tendo sido legalizada a situação prisional de 184. Destes, 35 são de nacionalidade tanzaniana. Os restantes 84 foram colocados em liberdade por insuficiência de provas do seu envolvimento.

Bernardino Rafael deu estas informações no seu primeiro dia de trabalho na província de Cabo Delgado, onde está a manter contactos com a população e estruturas administrativas.

O foco do trabalho vai para a monitorização de questões da defesa e segurança neste distrito que nos últimos tempos tem sido assolado por ataques de homens armados que não só assassinam pessoas ligadas a lideranças locais, como incendeiam casas e semeiam pânico no seio da população.

Durante a sua permanência, Bernardino Rafael irá manter encontros com a população e entidades administrativas de Palma, Mueda e Montepuez. Depois de Cabo Delgado, segue para Niassa, Nampula e Zambézia.

Folha de Maputo