Os residentes do posto administrativo de Matsinho, na província central de Manica, manifestam a sua preocupação com a subida de casos de roubo de gado, que está a retardar o projecto de desenvolvimento daquela região.
A inquietação foi apresentada à primeira secretária provincial do partido Frelimo em Manica, Ana Chapo, que hoje trabalhou em Matsinho, onde manteve um encontro com a população local.
Os residentes de Matsinho disseram que dezenas de cabeças de vaca desapareceram nas localidades de Chiremera e na sede do posto administrativo.
Falando em nome dos residentes, a primeira secretária provincial da Frelimo, disse que mais de uma dezena de bovinos desapareceram dos currais dos criadores desde o início do corrente ano. A maioria dos casos ocorre durante a calada da noite ou na altura da pastagem.
Os residentes afirmaram que o crime é cometido por pessoas oriundas de outras regiões da província que, para o efeito, também ameaçam os produtores e saqueiam seus bens.
“O roubo de gado bovino está a ser frequente. Muitas famílias perderam seus animais sem nenhuma explicação clara. Pedimos a quem de direito para nos ajudar a controlar a situação, porque isso retarda o nosso desenvolvimento”, disse Humberto.
Afirmou que muitas famílias apostam na criação de animais, mas os roubos desencorajam a prática desta actividade nas comunidades.
“Todos queremos criar gado bovino, mas torna-se difícil porque outros vêm roubar. Roubam e matam os animais aqui mesmo. Portanto, queremos maior vigilância por parte das autoridades para que possamos prosseguir com os nossos projectos de desenvolvimento socioeconómico”, vincou Humberto.
Intervindo na ocasião, Ana Chapo apelou vigilância de todos para acabar com os actos que atentam contra a ordem e tranquilidade públicas no seio das comunidades.
Disse que o crescimento económico que hoje se verifica é fruto da independência que custou a vida de muitos moçambicanos.
Por isso, disse que não se pode permitir que este bem-comum seja colocado em causa por pessoas que procuram, de várias formas, comprometer o desenvolvimento do país.
“Vocês disseram através mensagem que enfrentam o problema de roubo de gado. O que aconselhamos é que todos devemos ser vigilantes para acabarmos com os ladrões”, afirmou Chapo.
Referiu que a onda de violência armada que se verifica no centro do país também preocupa todos os moçambicanos.
“Todos queremos a paz … Todos dias ouvimos dizer que a Renamo está atacar, a matar e destruir Moçambique. Não podemos deixar que isso aconteça nas nossas comunidades. Vamos denunciar qualquer movimento estranho. Os bandidos estão nos nossos bairros. Vamos colaborar para o combate ao crime”, disse Chapo.
AIM