A Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa divergiu no alcance de objectivos do milénio
Os países tiveram progresso desigual no alcance do objectivo que prevê “garantir a sustentabilidade ambiental”, referiu o Secretário Executivo da Convenção sobre Diversidade Biológica, Bráulio Dias, ontem no Canadá.
Na origem desta situação estão as diferentes variáveis políticas e sociais a que cada país está sujeito, “por exemplo a Guiné-Bissau, pouco avançou devido às dificuldades económicas e políticas, já, o Timor-Leste, está a começar quase do zero, a fazer um esforço para implementar essa agenda. Angola e Moçambique têm uma biodiversidade imensa, mas ambas foram muito afectadas durante todo o período de guerra civil e estão também a fazer um grande esforço de recuperação”, referiu Bráulio Dias, acrescentado que a dificuldade reside no controlo de espécies invasoras e na protecção às mudanças climáticas.
Em torno disto, o Brasil apresenta melhores resultados. “O Brasil duplicou a extensão da sua rede e foi o que mais reduziu as taxas de desmatamento e desflorestação em todo o mundo nesta última década. Houve também uma redução de mais de 80% das taxas de perda de biodiversidade desde 2005 até agora.”
Portugal sofreu muito com a crise económica, devendo supera-la e voltar a ampliar os investimentos na biodiversidade.
Generalizando, todos países lusófonos têm dificuldades em mobilizar recursos financeiros, e a Convenção apostará em capacitar técnicos para encontrar soluções.
Ango Noticias