A troca de um corpo, na Morgue do Hospital Central de Maputo, gerou desconforto no seio de duas famílias na manhã desta terça-feira, quando uma delas apercebeu-se que o seu ente querido havia sido erradamente sepultado pela outra, no dia anterior.
O facto gerou um reboliço no Cemitério de Lhanguene que só terminaria depois da presença de uma equipa técnica da Saúde para proceder à exumação, reconhecimento e posterior entrega do corpo aos legítimos familiares.
O insólito, segundo escreve o Jornal Notícias, começa quando os familiares de Rosalina Zandamela, de 70 anos de idade, descobriram que o seu ente querido, depositado dias antes na gaveta número quatro daquela morgue, não mais lá se encontrava.
Perante a indignação, exigiram responsabilidade junto dos funcionários daqueles serviços, que concluíram ter havido uma troca com o corpo entregue à outra família e enterrado no dia anterior no Cemitério de Lhanguene.
Os familiares de Rosalina Zandamela foram ao ponto de se posicionarem junto da sepultura exigindo a exumação para posterior realização do funeral, o que viria a acontecer ao princípio da tarde, volvidas quatro horas de espera.
António Cumaio, parente da finada, contou que o processo foi constrangedor não só pela troca dos corpos, como também pelo longo tempo de espera a que familiares e amigos da malograda foram sujeitos.
Numa altura em que se tinha conformado, depois da realização do enterro, a outra família foi confrontada com a notícia de que enterrara um corpo errado, havendo assim a necessidade de exumação.
Não foi possível obter dados da outra parte, pois não se fazia presente no local, sabendo-se apenas que esta terá consentido a situação. Facto curioso é que a finada trajava roupas aparentemente entregues pela família que a enterrou erradamente, sendo que os parentes de Rosalina tiveram de proceder à troca do vestuário mesmo no cemitério.