O líder da Renamo, Afonso Dlhakama, considera prematuro gozar do estatuto do Candidato Mais Votado nas eleições de 15 de Outubro de 2014.
Segundo Afonso Dlhakama, citado pelo Savana, durante os encontros havidos na semana finda entre as partes, o Presidente da República, Filipe Nyusi, questionou-o sobre o seu posicionamento perante o assunto, tendo como resposta dito ao estadista que era muito cedo.
“Não é com aquela declaração que fizemos em conjunto que tudo parou. No passado assinamos acordos que não resultaram. Vamos dar tempo ao tempo”, defendeu Dlhakama.
Importa referir que a Lei que Aprova o Estatuto Especial do Segundo Candidato Mais Votado ao Cargo de Presidente da República, encontra-se plasmado no âmbito da assinatura do fim da Cessação das Hostilidades Militares, entre o Presidente da República, Armando Guebuza e Afonso Dlhakama, líder da Renamo, no dia 05 de Setembro e a mesma foi aprovada no parlamento durante a VII legislatura.
Segundo o instrumento, em causa, o primeiro cidadão que se beneficiar do Estatuto, tem o direito de fixar a remuneração e os subsídios correspondentes, mediante os termos da Lei. “Ele tem direito a remuneração, despesas de representação, subsídios mensais actualizados; possuir um gabinete de trabalho devidamente equipado; utilizar uma residência oficial devidamente equipada; ter passaporte diplomático para si, cônjuge e filhos menores ou incapazes; gozar de regime especial de protecção e segurança; dispor de meios de transporte do Estado; entre outros benefícios a usufruir do instrumento promulgado e publicado.
A materialização desta Lei acarreta um custo ao orçamento do Estado, estimado em cerca de 71 milhões de Meticais.
