Um agente da Polícia moçambicana (PRM), afecto aos serviços de fronteira na província de Gaza, Sul de Moçambique, foi condenado a um ano de prisão por solicitar 400 mil meticais para libertar um grupo de caçadores furtivos.
Para além do agente, cujo nome não foi revelado, estiveram envolvidos mais dois membros de uma empresa privada de segurança, de acordo com o porta-voz do Gabinete Central de Combate Contra Corrupção (GCCC), Bernardo Duce, citado pela AIM.
Falando , em Maputo, durante o encontro mensal com a imprensa, Duce disse, sem detalhes, que o grupo deverá ainda pagar multa durante seis meses.
“Eles interpelaram caçadores furtivos, no mês passado (Janeiro), e solicitaram 400 mil meticais como condição para libertá-los. Receberam o dinheiro e os caçadores foram soltos”, explicou Duce.
Segundo Duce, no mesmo período, um professor na Escola Secundária da Maxixe, província de Inhambane, foi condenado a um ano de prisão por ter solicitado onze mil meticais, ao todo, a 11 candidatos a exames extraordinários da 12/a Classe, alegando que os enviaria, por via de serviço de mensagem curta (SMS), as respostas das avaliações.
Ainda em Inhambane, um agente das alfândegas encarregue de tramitar um expediente de atribuição de matrículas nacionais à viaturas importadas foi acusado de solicitar 70 mil meticais aos respectivos requerentes.
Durante o mês de Janeiro, de acordo com Duce, foram tramitados 18 processos dos quais cinco foram ao julgamento.