Sociedade Saúde Primeiro Laboratório de Saúde previsto nos próximos dois anos

Primeiro Laboratório de Saúde previsto nos próximos dois anos

Moçambique poderá ter nos próximos dois anos, o primeiro Laboratório de referência para pesquisa de saúde, que terá como missão a geração de soluções científicas e tecnológicas para os principais problemas de saúde pública no país. Esta instituição realizará actividades de investigação científica, vigilância em saúde, referenciamento laboratorial, ensino, e informação e comunicação.

Trata-se de uma obra de raiz, que a primeira pedra foi lançada ontem (13), no distrito de Marracuene, pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Embaixada dos EUA, o mesmo está orçado em cerca de 11 milhões de dólares, correspondente a 341 milhões de meticais. Onde irá funcionar a instalação do Instituto Nacional de Saúde (INS), com vista melhorar a capacidade desta instituição, fortalecer a capacidade de pesquisa de Moçambique na área da saúde, e melhorar a qualidade dos serviços de laboratório para o povo Moçambicano.

O edifício irá incluir laboratórios ultra-modernos nas áreas de virologia, microbiologia, parasitologia, tuberculose, biologia molecular e genotipagem, imunologia celular, microscopia, estomatologia médica, cultura de células, calibração de pipetas e termómetros, malacologia e serologia.

De acordo com a vice-ministra de Saúde, Nazira Abdula, estes laboratórios estarão equipados com a mais moderna tecnologia possibilitando a realização de um espectro mais alargado de diagnóstico laboratorial de alta complexidade, preparando, assim, o nosso País para enfrentar com mais eficiência os desafios de um sistema de saúde em crescimento numa altura em que, devido à globalização, as fronteiras dos países deixaram, de facto, de constituir uma barreira à disseminação das ameaças de saúde pública.

“O novo edifício do Instituto Nacional de Saúde contribuirá para o incremento da nossa capacidade para a detecção precoce e controlo de um leque crescente de doenças infecciosas. Com especial relevância para o controlo dos patógenos emergentes e re-emergentes, o novo edifício terá um laboratório de nível 3 de biossegurança com uma área de 318 m2, dotando deste modo o País para manusear, pela primeira vez, microorganismos altamente infecciosos”, disse a vice.

E por sua vez, o Embaixador dos EUA, Griffiths, disse que o povo americano está orgulhoso de estar a investir 10 milhões de dólares para a construção. “É um reflexo do nosso empenho em melhorar a saúde de todos os moçambicanos”, disse o Embaixador, sublinhando que “Estamos confiantes de que esta unidade vai melhorar bastante a capacidade de investigação do INS de fortalecer a capacidade de investigação de Moçambique, e melhorar a qualidade dos serviços laboratoriais para o povo moçambicano”, considerou.

Refira-se que, para a edificação deste empreendimento, os EUA, investiram cerca de 80 por cento e o Governo moçambicano, com 20 por cento.