A Polícia da República de Moçambique (PRM), a nível do Comando Provincial de Maputo, desmantelou durante o último Fim-de-semana, no distrito de Magude, uma quadrilha composta por cinco indivíduos que se dedicava a caça furtiva.
Tudo acontece numa semana, que se celebra o dia da preservação destes animais em extinção, onde a PRM, neutralizou o grupo que também se dedicava a venda de pontas e patas de rinocerontes e elefantes.
Trata-se de quatro nacionais, que eram os intermediários do negócio, e de um cidadão de nacionalidade sul-africana, que supõe-se que seja o comprador.
A mercadoria era transportada numa viatura dupla cabine de marca VW com chapa de inscrição estrangeira CVB 685 L, que pertence ao cidadão de origem sul-africana.
Os membros da quadrilha, que se encontram a conta com a Polícia, no Comando distrital de Magude, na província de Maputo, desde o último domingo (05), negam o seu envolvimento, alegando que desconhecem o circuito deste tipo de negócios.
O único estrangeiro envolvido nesta rede afirma que veio a Moçambique sem saber que tipo de negócio se tratava, tendo estranhado ao se deparar com uma pata de rinoceronte.
“Eles entraram em contacto comigo no sábado e disseram que tinham um negócio para mim em Maputo. Fiquei surpreso quando eles entraram no meu carro com uma pata de rinoceronte. Eu não quis levar e eles atacaram-me”, apontou Jakobus Nande.
Segundo avança Emídio Mabunda, porta-voz do Comando da PRM, a nível da província de Maputo, não existe nenhuma dúvida de que os elementos fazem parte de um grupo experiente na caça furtiva que tinham o seu foco o abate, a venda e compra de cornos de rinoceronte.
Tudo indica que esta não é a primeira vez que os indiciados se envolvem neste tipo de actividade.
“Esta é a segunda vez que eles vêm a Moçambique para comprar patas de rinoceronte. A primeira vez entraram no país via Ressano Garcia para comprar uma das patas do animal, mas houve problemas na distribuição do dinheiro, o que fez com que regressassem para negociar a segunda pata”, disse Mabunda.
Mabunda disse ao “MMO”que diligências estão a ser levadas a cabo para ser conhecida a proveniência da pata.
“Neste momento estamos a trabalhar no sentido de identificar aonde terão abatido o animal. Dado que as pessoas que conservavam a pata estão aqui connosco e vão nos indicar aonde abateram o animal e por quanto valor eles iam vender”, acrescentou.
A caça furtiva no país tem se tornado uma prática, sendo as maiores vítimas o elefante e o rinoceronte.
Só no primeiro semestre de 2013 mais de 400 rinocerontes foram abatidos no país e diariamente entre quatro a cinco elefantes são mortos.
Este negócio ilegal tem movimentado autênticas fortunas e alimenta, na sua maioria, o mercado asiático, como produto medicinal.