Três pessoas indiciadas de sequestros e roubo de viaturas na província de Maputo caíram nas malhas da Polícia da República de Moçambique, a nível desta urbe.
Trata-se da quadrilha que no passado dia 06 de Setembro, sequestraram um cidadão de origem asiática, nas proximidades de um dos centros comercias desta urbe, e o depositaram num dos cativeiros, ainda na província de Maputo.
Na posse destes foram apreendidas duas viaturas, uma de marca Nissan Hard bord e a outra Toyota Alteza, esta última que era usada em suas actividades criminosas. Foi apreendida ainda, uma arma do tipo AKM, uma camisola pertencente a polícia, um computador de mesa e documentos de pessoas desconhecidas.
Os três indivíduos neutralizados negam o seu envolvimento e, atiram culpas a dois integrantes do grupo que estão a monte. Os dois supostos fugitivos escaparam, durante uma troca de tiros com a polícia no cativeiro onde mantinham em cácer privado a pessoa por si sequestrada.
Lurdes Armindo Tembe, indiciada de envolvimento no crime, nega estar ligada ao sequestro e alega que o seu primo é quem lhe enganou neste acto criminal.
” O meu primo veio a minha casa, encontrou a minha filha e, lhe deixou com chaves de carro e livrete, quando voltei do funeral lhe liguei, disse que deixou chaves para entregar alguém que vinha deixar 2.000 (dois mil meticais) para pagar dívida de telefone que lhe devia, depois de pagar tinha que lhe entregar as chaves e livrete”, contou Lurdes Tembe.
A indiciada contou ainda que caiu nas malhas policiais sem saber, mais adiante disse que aceitou o pedido do seu primo, no caso a monte, porque sabia de que ele vende telefones.
“Um jovem de nome Coutinho me ligou na sexta-feira (03) a pedir boleia para Khongolote, lhe levei junto com a minha namorada, chegado lá voltei para casa, no dia seguinte a conversar com o meu irmão fui surpreendido pela polícia em frente da rua da minha casa, fui levado até a esquadra, até agora não sei do que se trata”, esclareceu Fernando Armindo um dos indiciados e dono de «Alteza».
O terceiro indiciado apontado no acto, também diz não saber de nada, pois estava numa pastelaria com seu amigo no caso Fernando Armindo, que se fazia acompanhar da sua namorada, quando receberam uma ligação para se deslocarem até Khongolote.
” Eram quase 19 horas quando recebemos uma ligação telefónica de Campa e Betinho para nos dirigirmos até Khongolote a fim de nos encontrarmos com eles, fomos até 1o de Maio, «vulgarmente conhecido como sendo Conolwene», quando lá chegamos, nos deram outra indicação onde fomos encontrar Lurdes Armindo Tembe, outra integrante”, explicou.
Este interlocutor avançou ainda que envolveu-se neste crime sem ter em conta do que estava acontecer, “quando nos encontramos com Lurdes Tembe veio Campa e Coutinho, deram-nos 1.800 meticais e levaram o carro que trazíamos e foram-se embora. No Domingo saí até a casa da minha mãe em Khongolote, quando cheguei me encontrei com um agente da polícia e me prendeu”, disse Quentino.
“Quanto ao carro roubado de marca Hard Bord não sei, porque quem conduzia é o Campa, apenas só sei dizer que nós fomos até a Patrício para encontrar com Lurdes Tembe e é lá, onde me deram 1.800 meticais, as duas armas também estavam com eles, nem sei onde e como adquiriram”, esclareceu Raúl Quentino, igualmente ao rapto ele, disse não saber de nada e quem lhes levou até ao cativeiro foi a Lurdes Tembe, alegando que ia até a casa do seu primo.
Por sua vez, Emídio Mabunda, porta-voz da PRM, na província de Maputo, disse tratar-se de mais um exercício no que concerne ao esclarecimento e combate de crime que assola o país. Na ocasião, afirmou ainda que os detidos estão em conexão com o sequestro que ocorreu no dia 06 na cidade de Maputo, no qual o alvo foi Momade Aly.
“Estes dois indivíduos ora detidos junto com esta Senhora estão envolvidos no sequestro perpetuado, no dia 06 na cidade de Maputo, a Momade Aly, também estamos a trabalhar em busca dos dois integrantes ainda a montes que, tem em sua posse duas armas do tipo pistola, as quais usaram durante o tiroteio no suposto cativeiro para contrariar a polícia, facto que culminou com a sua fuga”.
Referir que segundo o depoimento da PRM, nesta urbe, a vítima sequestrada já se encontra em casa, junto da sua família.