Moçambique consta da lista dos 22 países, do continente africano, com maior risco da eclosão de um surto de ébola, de acordo com um estudo publicado na revista cientifica on-line eLife, citado pelo jornal Notícias.
A equipa de investigadores da revista defende que as regiões que provavelmente são o habitat de animais com o ébola estão mais espalhadas do que antes se receava, particularmente na África Ocidental, onde se iniciou, no final do ano passado, o pior surto de sempre desta febre hemorrágica.
O estudo revela que Moçambique e Angola são dois dos países em risco de eclosão da doença.
O estudo publicado na eLife teve como objectivo mapear o risco de animais infectarem as pessoas e não o contágio da doença entre humanos.
O mapa, publicado nesta segunda-feira (8), mostra que grandes partes da África Central, assim como regiões da África Ocidental, têm características que os cientistas chamam de “nichos zoonóticos” para o ébola.
De acordo com os últimos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), quase 2100 pessoas morreram devido ao ébola na África Ocidental, que infectou pelo menos 4 mil pessoas na Guiné-Conacri, Serra Leoa, Libéria, Nigéria e Senegal.
No passado, houve surtos a iniciarem-se no Congo, na República Democrática do Congo, no Gabão, na Guiné-Conacri, na Costa do Marfim, no Sudão do Sul e no Uganda.
Mas o mapa mostra que há mais 15 países onde um novo surto de ébola poderá surgir: Angola, Burundi, Camarões, Etiópia, Gana, Libéria, Madagáscar, Malawi, Moçambique, Nigéria, República Centro-Africana, Ruanda, Serra Leoa, Tanzânia e Togo, adianta a agência francesa AFP, citada pelo portal angola24horas.com.
Segundo a OMS, a epidemia vai demorar meses para ser controlada e poderá haver 20 mil casos.
eLife