A Associação dos Deficientes de Moçambique (ADEMO), representada na 1ª Conferência Nacional de Apoio Psicossocial, realizada pela Iniciativa Regional de Apoio Psicossocial em coordenação com o Ministério da Mulher e Acção Social e que hoje assinala o seu término, defende que as diferentes instituições do Governo ou da Sociedade Civil devem criar projectos de actividades que alberguem a componente da participação da pessoa portadora de deficiência na vida social activa.
Plínio Osório Fonseca, Acessor Técnico Inclusivo e Psicólogo daquela associação, considera que estes projectos de inclusão devem comportar os serviços sociais básicos, ou seja, a saúde, a educação e os transportes e comunicação.
“Quando nós olhamos para os obstáculos e os transformamos em agentes facilitadores, consequentemente estamos a promover a participação social da pessoa com deficiência e, portanto, a fazer a inclusão social. Uma pessoa, por mais que não seja deficiente, se não tiver acesso aos serviços de saúde, uma boa educação e meios para se locomover, acaba apresentando-se em situação de atraso em relação aos outros membros da sociedade que têm acesso a estes serviços”, disse Fonseca.
Outro subtema que dominou uma das plenárias que encerram a Conferência foi “o apoio psicossocial no processo de reabilitação de crianças afastadas do convívio familiar”.
Wona Sinana, representante do ICDP, que se debruçou sobre este assunto, disse que em casos desta natureza, o adulto deve olhar para a criança como olha para outro ser humano qualquer. “temos visto crianças a serem tratadas como objectos. Isto traz influência negativa para o seu desenvolvimento. É importante olhar para a criança como uma pessoa que, como as adultas, tem as mesmas necessidades de amor, reconhecimento, inclusão e respeito”, afirmou Sinana, que realçou igualmente a função do apoio social para um crescimento são dos petizes “o papel do apoio psicossocial é de fortalecer os cuidadores dos centros e das comunidades nas tarefas desempenhadas por eles e deve assegurar que a criança se desenvolva de forma harmoniosa”, referiu.
De referir que esta é a terceira conferência realizada pela REPSSI na região da África Austral, mas a primeira de abrangência nacional.