Moçambique e Itália deverão assinar um acordo de cooperação para o reforço das relações bilaterais no campo político, económico e apoio para o desenvolvimento referente ao período 2014-2016.
O facto foi anunciado sábado pelo Presidente da República, Armando Guebuza, no almoço que ofereceu ao Primeiro-Ministro italiano, Matteo Renzi, que ontem terminou uma visita de trabalho de dois dias ao país a convite do Chefe do Estado.
Trata-se da primeira visita de um Primeiro-Ministro italiano a Moçambique desde a independência, em testemunho do excelente momento nas relações de amizade e cooperação entre os dois países.
O Presidente da República, Armando Guebuza disse na ocasião que assiste-se com satisfação o crescimento gradual da cooperação económico-empresarial que coloca a Itália como um parceiro privilegiado.
“Orgulha-nos ver a presença italiana em sectores como hidrocarbonetos, em particular o gás, energia, infra-estruturas e o interesse na agro-indústria mas ainda há muito por se fazer para que o lugar que a Itália ocupa na grelha dos maiores investidores de Moçambique seja constante com a qualidade das relações existentes entre os dois países”, explicou.
Na oportunidade, Guebuza disse ao Primeiro-Ministro da Itália, que nos últimos cinco anos Moçambique registou sucessos assinaláveis, atingindo um crescimento económico médio de sete por cento ao ano em termos reais, graças ao ambiente de paz, estabilidade e reformas económicas.
Ainda de acordo com o Chefe de Estado, Moçambique tem sido nos últimos tempos palco de grandes investimentos e exploração de recursos minerais com maior destaque para o carvão e gás.
Por sua vez, Matteo Renzi afirmou que Moçambique e Itália têm uma história similar, sobretudo se olhar para os últimos 25 anos e está a crescer a uma velocidade invejável relativamente a outros estados africanos.
O Primeiro-Ministro da Itália explicou que nos próximos anos Moçambique não só estará na liderança do crescimento como também dará uma forte mensagem de esperança aos outros estados.
Para Matteo Renzi, o historial do país explica que se pode fazer um percurso de paz, ao mesmo tempo com capacidade de ter processos políticos com uma longa visão.
