Em Moçambique 43 por cento das crianças menores de cinco anos de idade ainda sofrem de desnutrição crónica considerada como o principal problema de nutrição, que tem obrigado o sector da saúde a despender muito dinheiro para reduzir as taxas ainda elevadas.
O Ministro da Saúde, Alexandre Manguele sustenta que no período de 2012 a 2013 foram tratadas, a nível do internamento, cerca de 18.403 crianças diagnosticadas com desnutrição aguda, grave e com complicações médicas, números que exigem o redobrar de acções para prestar mais atenção a essa pandemia.
Para inverter o cenário, o sector da saúde está implementar o Protocolo de Tratamento e Reabilitação Nutricional para crianças dos zero aos 14 anos de idade, que comporta o envolvimento comunitário, tratamento ambulatório, internamento bem como a suplementação alimentar e educação nutricional.
“Registamos grandes avanços que estão revolucionar a busca de resposta para aumentar a capacidade de diagnósticos nas unidades sanitárias, que possibilitou o aumento de cobertura dos serviços de laboratório de 297, o correspondente a 16 por cento para 328, equivalente a 28 porcento”, disse ainda Manguele.
“Mais do que investimentos, a capacidade humana de liderar todo o processo no sector é crucial, visto que o país pode ter hospitais com todos requisitos necessários, mas se o lado humano for descurado não estará a cumprir-se com a obrigação moral e ética”, concluiu Manguele.
Estes dados foram revelados esta quarta-feira (23), em Maputo, na abertura do 39º Conselho Coordenador do Ministério da Saúde, o qual irá analisar os avanços e fracassos do quinquénio 20102014, bem como buscar soluções aos actuais desafios do sector.